Nesta semana, confira a segunda parte do balanço da educação no governo Lula, com reportagens sobre a valorização dos professores e diversidade na educação. Ao lado de áreas como educação de jovens e adultos, educação nas prisões e financiamento, os temas aqui reunidos são monitorados prioritariamente pelo Observatório, pois são considerados “invisíveis” no debate público sobre as políticas educacionais.

Apesar de avanços na legislação, carreira docente ainda é pouco valorizada
Durante os oito anos do governo Lula (2003-2010), a carreira docente conquistou avanços no plano jurídico: nesse período, foram promulgadas leis que determinam um piso salarial nacional para professores e a criação de planos de carreira em estados e municípios e foi instituída a estrutura de um sistema nacional de formação inicial. No entanto, a nova legislação não foi suficiente para uma real valorização do docente no país, de acordo com pesquisadores consultados pelo Observatório. “Ainda não saímos do papel”, avalia Heleno Araújo Filho, diretor de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Temas da diversidade na educação foram institucionalizados na gestão 2003-2010

Antes distribuídos em diversas secretarias, temas como alfabetização e educação de jovens e adultos, educação do campo, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação escolar indígena e diversidade étnicorracial foram reunidos durante o governo Lula na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), criada em 2004.

Entenda a política de territórios educacionais para povos indígenas

Gersem Baniwa, coordenador de educação indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), explica a política de territórios educacionais, que começam a ser implantados no Brasil. Atualmente, 14 territórios foram definidos e já possuem o seu plano educacional. Outros 18 estão em fase de produção do diagnóstico local, definição de fronteiras e discussão. Entre estes, está o território Guarani, que abrange seis estados do país. Leia a entrevista concedida ao Observatório, em agosto de 2010.

Leia a primeira parte do balanço, sobre financiamento, EJA, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a desigualdade na educação.

Tags: Educação do Campo, Educação Indígena, EJA, Relações Raciais, Valorização docente